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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

20/11 - FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA 2º ANO C

Novembro Azul: Mês de Conscientização sobre o Câncer de Próstata

Estamos em novembro, mês em que o mundo se une em prol da luta contra o câncer de próstata. Mas, qual a importância de discutir o assunto? Os números nos dão a resposta.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens (perde apenas para o câncer de pele não melanoma). As estimativas do INCA, para 2014/2015, são de cerca de 68.800 novos casos de câncer de próstata no país.

Em 2011, 13.129 mil brasileiros morreram em decorrência da doença. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte por câncer em homens, seguido apenas pelo câncer de pulmão. Cerca de 1 homem em 36 morrerá de câncer de próstata.

O câncer de próstata ocorre principalmente em homens mais velhos. Cerca de 6 em cada 10 casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos. A média de idade no momento do diagnóstico é de cerca de 66 anos. Desta forma, recomenda-se que a prevenção passe a ser feita a partir dos 45 anos se existe risco elevado para o surgimento do câncer, ou seja, casos de câncer de próstata na família. Se não existem, o homem deve visitar o urologista anualmente a partir dos 50 anos e realizar o exame de toque e de PSA, principais meios para detectar a doença precocemente, quando as chances de cura são maiores e os tratamentos, menos invasivos. Converse sempre com seu urologista sobre o tema, tirando dúvidas e quebrando preconceitos. Lembre-se que a detecção precoce pode salvar a sua vida!

O exame físico (de toque) é realizado pelo médico e dura apenas 10 segundos! Tem como objetivo analisar a consistência da próstata, o tamanho e se existem lesões palpáveis através do reto na glândula. Esse exame ainda gera muita polêmica e, talvez por isso, a conscientização sobre a gravidade da doença seja tão necessária. É preciso acabar com o preconceito que ainda existe em muitos homens.

O exame de toque, junto com o PSA, deve ser feito anualmente, como rotina. É fundamental que todo homem entenda que a saúde deve ser colocada em primeiro lugar, acima de qualquer construção cultural que possa levar ao preconceito.

A fim de alertar o público masculino sobre a importância do autocuidado em saúde e governantes sobre a necessidade de priorizar políticas públicas voltadas à saúde do homem, surgiram diversos movimentos ao redor do globo – o Novembro Azul é um dos mais conhecidos.


O movimento surgiu na Austrália, em 2003. Novembro foi escolhido como mês oficial de conscientização sobre o câncer de próstata, pois 17/11 é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. O "Azul” veio da cor oficial usada como símbolo de combate à doença. Surgiu assim o Novembro Azul, movimento que prioriza ações de conscientização sobre a neoplasia.


RESPONDA:

1. O que é o Novembro Azul?
3. Por que o mês de novembro foi escolhido como mês oficial de conscientização dessa doença?
3. Quais são os símbolos utilizados no combate à doença?
4. A partir de que idade o homem deve começar a fazer a prevenção?
5. Quais exames devem ser realizados para se detectar precocemente a doença?
6. O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte por câncer em homens. Qual a explicação disso?
7. Em sua opinião, quais são os principais obstáculos para à prevenção?

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

ATIVIDADE 2º ANO - ESTEROIDES ANABOLIZANTES

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA 
TURMA: 2º ANO 
DATA: 12/11/15 

EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM 
1. O que são esteroides anabolizantes? 
2. Quais os efeitos da testosterona no organismo? 
3. O que é anabolismo? 
4. Qual o perfil dos usuários de esteroides anabolizantes? 
5. Como os esteroides anabolizantes agem no organismo? 
6. Qual a diferença entre anabolizantes e suplementos alimentares? 
7. Cite alguns riscos da utilização de esteroides anabolizantes? 
8. O que é o dopping no esporte?

Slides - Tema: Esteroides anabolizantes

SLIDES ESTEROIDES ANABOLIZANTES




VEJA O INFOGRÁFICO E ASSISTA O VÍDEO ABAIXO PARA SABER MAIS:




domingo, 8 de novembro de 2015

INTRODUÇÃO AOS PRIMEIROS SOCORROS - PESQUISA

1. O que são primeiros socorros?
2. Quais os objetivos dos primeiros socorros?
3. Quais os princípios gerais dos primeiros socorros?
4. Descreva o plano de ação a ser seguido em um atendimento de primeiros socorros.
5. Descreva que procedimentos deverão ser realizados nas seguintes situações:

- Desmaio
- Convulsão
- Fratura
- Insolação
- Infarto

Sugestões de links:

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

ATIVIDADE 1º ANO - OBESIDADE


Texto 01: Sobrepeso e obesidade atingem crianças e adolescentes cada vez mais cedo

Texto 02: Ganho de peso na adolescência envolve emoções e influências sociais

EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM

1. Por que o sobrepeso e a obesidade vêm ganhando destaque no cenário epidemiológico mundial?
2. De acordo com o texto, que fatores tem contribuído para o aumento do excesso de peso na população?
3. A obesidade pode ter causas genéticas? Justifique sua resposta.
4. Que relação pode ser estabelecida entre a alimentação e a identidade dos adolescentes?
5. Por que a nutrição deve ser uma questão familiar?
6. Que problemas são associados a obesidade na adolescência?

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

QUADRO DE MEDALHAS III JESQ (2015)

III JOGOS ESCOLARES DE SANTA QUITÉRIA
EEM MARIA NEUSA ARAÚJO MOURA – 4º LUGAR
MODALIDADES/PROVAS
MEDALHISTAS
1.      DAMAS MASCULINO ATÉ 17
Antonio Eduardo Duarte de Sousa
2.      DAMAS MASCULINO ABERTO
Antonio Eduardo Duarte de Sousa
3.      XADREZ FEMININO ABERTO
Francisca Thamires Martins Aragão
4.      100 M MASCULINO ATÉ 17
Francisco Leandro Ferreira Fernandes
5.      XADREZ MASCULINO ATÉ 17
Emerson Rocha Andrade
6.      100 M FEMININO ATÉ 17
Francisca Roberta Lopes de Lima
7.      REVEZAMENTO 4X100 MASCULINO ATÉ 17
Felipe Torres Rodrigues
Francisco Anderson Rodrigues Alves
Francisco Leandro Ferreira Fernandes
João Paulo de Medeiros Rodrigues
8.      ARREMESSO DE PESO MASCULINO ABERTO
Manoel Alves da Silva
9.      ARREMESSO DE PESO FEMININO ABERTO
Daiane Nascimento dos Santos
10.  SALTO EM DISTÂNCIA MASCULINO ABERTO
Cristiano Rodrigues de Albuquerque
11.  SALTO EM ALTURA FEMININO ATÉ 17
Maria Madalena Torres Lima
12.  FUTSAL MASCULINO ABERTO
Alailson Bastos Araújo
Alan Vasconcelos de Oliveira
Criastiano Franco do Nascimento
Cristiano Rodrigues de Albuquerque
Danilo Franco do Nascimento
Francisco Vitor Araújo Martins
Gairo Aguiar Paiva
Jorge Paiva Viana
Manoel Alves da Silva
Pedro Henrique Nascimento de Sousa
13.  FUTSAL FEMININO ABERTO
Antonia Rochele Batista Silva
Daiane Nascimento dos Santos
Dominique de Paiva Noberto
Geovana Oliveira Bezerra
Leila Vasconcelos Santos
Maria Isabelly Farias Rodrigues
Maria Madalena Torres Lima
Munique de Paiva Noberto
Sônia Maria Santana Rodrigues
14.  VÔLEI DE AREIA FEMININO ABERTO
Maria Madalena Torres Lima
Vitória Altino Vasconcelos
15.  ARREMESSO DE PESO FEMININO ATÉ 17
Daiane Nascimento dos Santos
16.  DAMAS FEMININO ATÉ 17
Vitória Altino Vasconcelos
17.  DAMAS FEMININO ABERTO
Vitória Altino Vasconcelos
18.  SALTO EM DISTÂNCIA FEMININO ABERTO
Leila Vasconcelos Santos
19.  SALTO EM ALTURA MASCULINO ABERTO
Francisco Vitor Araújo Martins
20.  SALTO EM ALTURA FEMININO ABERTO
Munique de Paiva Noberto
21.  XADREZ FEMININO ATÉ 17
Francisca Thamires Martins Aragão
22.  REVEZAMENTO 4X100 MASCULINO ABERTO
Alan Vasconcelos de Oliveira
Cristiano Rodrigues de Albuquerque
Jorge Paiva Viana
Pedro Henrique Nascimento de Sousa
23.  FUTSAL FEMININO SUB 17
Antonia Rochele Batista Silva
Antonia Tamires Gomes Rodrigues
Eduarda Lima de Oliveira
Francisca Roberta Lopes de Lima
Leila Vasconcelos Santos
Maria Isabelly Farias Rodrigues
Maria Regina do Nascimento
Sônia Maria Santana Rodrigues
Viviane Pinto do Nascimento
24.  VÔLEI DE QUADRA MASCULINO
Antonio Hugo Pereira Lira
Benedito Denilson Galdino de Sousa
Francisco Anderson Rodrigues Alves
Francisco Anderson Rodrigues Costa
Francisco Charles Alves Araújo
Francisco Matheus Daniel Pereira
Iago Sousa Loiola
Sávio Martins Alves

FINAL V JOGOS INTERCLASSE

A Grande Final do V Jogos Interclasse da Escola Maria Neusa acontecerá nesta sexta, 04 de setembro de 2015, a partir das 19h00!
Final Feminino - 2º ANO X 3º ANO
Final Masculino - 2º ANO B X 3º ANO B
Traga a sua torcida e venha assistir conosco!!!


FOTOS DAS SEMIFINAIS V JOGOS INTERCLASSE









segunda-feira, 10 de agosto de 2015

domingo, 24 de maio de 2015

SISTEMA MUSCULAR





EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM

1. Sob o ponto de vista da mecânica muscular, quais as três propriedades dos músculos?
2. Quais os tipos de músculos? Explique cada um deles.
3. Quais as funções dos músculos?
4. O que são músculos agonistas e antagonistas?
5. O que são músculos sinergistas?
6. Explique como ocorre a contração muscular?
7. Quais os tipos de contrações musculares?
8. O que são as fibras musculares?
9. Quais os tipos de fibras musculares?
10. Como ocorre a fadiga muscular?

domingo, 10 de maio de 2015

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA



EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM
  1. O que é atividade física?
  2. O que é sedentarismo? Quais são as consequências desta condição?
  3. Qual é a realidade brasileira em relação ao sedentarismo?
  4. Quais são os benefícios da atividade física para a saúde?
  5. Como é feita a escolha da atividade física adequada?
  6. Quais os benefícios da atividade física em crianças e jovens?
  7. Quais os benefícios da atividade física em idosos?
  8. Cite algumas recomendações importantes antes da prática regular de atividade física?

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Sobrepeso e obesidade atingem crianças e adolescentes cada vez mais cedo

O Brasil é o 5º país com mais obesos no mundo e quadro já é visto como epidêmico. 

O sobrepeso e a obesidade vêm ganhando destaque no cenário epidemiológico mundial, não só em função da sua prevalência crescente, mas, principalmente, por estarem associados a uma série de danos à saúde. Estudos recentes mostram que a obesidade é o terceiro problema de saúde pública que mais demanda gastos da economia brasileira, estando à frente até do tabagismo. Estima-se que os gastos giram em torno de R$ 110 bilhões, o que equivale a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Outra característica marcante do crescimento epidêmico do excesso de peso é o aumento deste agravo em idades cada vez mais precoces. Em 2004, já se estimava que 10% das crianças e adolescentes do mundo apresentavam excesso de peso e que, dentre elas, um quarto eram obesas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15% das crianças brasileiras com idade entre 5 e 9 anos têm obesidade atualmente.
Mudanças no padrão de alimentação e de atividade física, ocorridas em diversas sociedades, contribuem para o aumento do excesso de peso na população. Entretanto, as causas determinantes do excesso de peso compõem um complexo conjunto de fatores biológicos, comportamentais e ambientais que se interrelacionam e se potencializam mutuamente. Para crianças e adolescentes, são exemplos desses fatores as condições e situações presentes nos ambientes escolar, familiar e na vizinhança. Destacam-se ainda as características presentes na gestação e no início da vida, como o estado nutricional materno prévio à gestação, o fumo durante a gravidez e o estado nutricional na infância.
Em 2009, realizei junto com outros pesquisadores um estudo para identificar fatores socioeconômicos, ambientais e comportamentais associados ao excesso de peso em adolescentes. Para isso, fizemos uma revisão sistemática da literatura existente sobre o assunto. Após pesquisa, identificamos 942 resumos ou textos completos sobre o assunto. Por meio de alguns critérios de eliminação, como faixa etária avaliada e apresentação de fatores associados ao excesso de peso, chegou-se ao número de 56 artigos.
Neste estudo, observamos que os principais fatores socioeconômicos, ambientais e comportamentais associados direta ou inversamente ao excesso de peso entre adolescentes, até aquele momento estudados, foram: o nível socioeconômico das famílias; alguns comportamentos relacionados à alimentação, principalmente os referentes à restrição do consumo alimentar e do consumo do desjejum; a frequência e a intensidade de atividade física e o tempo despendido em atividades sedentárias. O estado nutricional anterior do adolescente e o estado nutricional dos pais também se mostraram condições relevantes para a ocorrência de sobrepeso ou obesidade na adolescência.
Alguns dos estudos selecionados apontaram uma chance mais elevada de ocorrência de excesso de peso entre adolescentes com pelo menos um dos pais obeso ou que apresentaram sobrepeso na infância. Uma pesquisa realizada com crianças também identificou a presença de excesso de peso nos pais como fator de risco para obesidade. A interação entre uma complexa rede de genes associados à ocorrência da obesidade e os ambientes que favorecem sua expressão tem sido apontada como justificativa para a ocorrência da obesidade entre indivíduos da mesma família.
Observou-se que o nível socioeconômico associou-se inversamente com o excesso de peso em países desenvolvidos e de forma direta em países em desenvolvimento. Dieta para emagrecer, número de horas alocadas em TV/vídeo por dia, mãe e/ou pais obesos e ocorrência de sobrepeso ou obesidade na infância associaram-se diretamente com o excesso de peso na adolescência. Foram identificados como fatores protetores o hábito de consumir desjejum e a prática de atividade física. Deste modo, as variáveis socioeconômicas, comportamentais, familiares e do início da vida devem ser consideradas nas intervenções dirigidas para este agravo entre adolescentes.
O aumento do excesso de peso entre os jovens de diversas regiões do mundo é uma realidade incontestável. O reconhecimento da complexidade de seus determinantes e a mobilização de diversos setores da sociedade para a formulação de ações de promoção à saúde e prevenção deste agravo é um dos desafios atuais na agenda da saúde pública mundial. Apesar das limitações na comparação e na análise dos estudos selecionados, a revisão que fizemos aponta um conjunto de fatores socioeconômicos e comportamentais que se mostraram associados ao excesso de peso entre adolescentes e que são passíveis de intervenção, além de evidenciar grupos populacionais nos quais a chance de ocorrência deste agravo é maior.
Intervenções dirigidas aos adolescentes, tanto em nível coletivo quanto em nível individual, e que levem em conta os fatores identificados se fazem necessárias. Além destes, outros fatores de natureza ambiental, cultural e política ainda pouco explorados devem ser considerados, dada a complexidade e dinamismo da rede de determinação do excesso de peso neste grupo etário ainda muito permeável às alterações vividas pelas sociedades.
O Prêmio Jovem Cientista deste ano fez um convite aos jovens para que pensem a segurança alimentar e nutricional em sua própria esfera. Soluções para a obesidade são urgentes a começar pelos casos em crianças e adolescentes. Só no Brasil, sete milhões de adultos têm obesidade mórbida e não queremos que esse número aumente ainda mais. Somos 5º país com mais obesos no mundo e é preciso reverter este quadro.
* Letícia de Oliveira Cardoso é nutricionista e pesquisadora em saúde pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz
Matéria publicada no site Época 

Ganho de peso na adolescência envolve emoções e influências sociais

O aumento de peso em idades cada vez mais precoces tem despertado a preocupação de todos. Na adolescência ocorrem inúmeras mudanças físicas e psicológicas. Elas são influenciadas por um ambiente social onde comida pouco saudável rica em açúcar, gordura e fast food, sedentarismo e comodidades da vida moderna, como telefones celulares ou sem fio, controle remoto e videogames, predominam.
Quatro em cada dez crianças e jovens brasileiros estão acima do peso. Entre eles, se a mãe ou o pai é obeso, o risco do filho ficar com sobrepeso sobe para 50% e se os dois tiverem obesidade, aumenta para 80%. Isto mostra que os genes tem um papel importante, mas quando a família toda entende esta tendência e escolhe adequadamente os alimentos e opta por ter lazer com mais movimento, o destino pode ser transformado.
Desde os primeiros momentos da vida, a alimentação está ligada com emoções, simbolismos e influências sociais, econômicas e culturais. Crescer e se alimentar implica estabelecer relações, fazer escolhas, identificar-se ou não com modelos e valores familiares ou de outras pessoas, adaptar-se bem ou mal aos padrões estabelecidos e conviver com hábitos, horários e diversos estilos de vida.

O adolescente tem necessidade de marcar novas posições e encontrar sua identidade fora da família e, nessa busca, as questões afetivas ou na área da sexualidade podem ser transferidas para a alimentação. Comer demais ou não comer pode ter significados inconscientes, como uma nova oportunidade de criar amizades. Enfim, o desejo é ser diferente e ainda assim ser igual a todos os amigos na procura do seu espaço. Comer bem não é o mesmo que comer muito ou pouco.
Cuidar do corpo em desenvolvimento é escolher melhor os alimentos para manter um equilíbrio nutricional entre quanto come e quanto queima de calorias, com os extras necessários para garantir o aumento da velocidade de crescimento, que é a característica do estirão da puberdade. E nessa hora, como reconhecer a diferença entre a sensação de fome e saciedade; o que é gula ou se o corpo está adequado ou bonito. O que escolher nas refeições feitas fora de casa e como não se influenciar pela dieta do amigo, pelas informações da mídia e das redes sociais que ditam os modismos alimentares. Além disso, muitos adolescentes que começam a malhar intensamente e sem orientação nutricional adequada, nem sempre conseguem melhorar o rendimento físico, e, pior, o adequado crescimento e desenvolvimento para idade.
Se a ingestão de alimentos for maior que o gasto energético, o adolescente pode ficar obeso e muitas vezes, começa um ciclo vicioso, pois como é gordinho não se aceita e pode sofrer preconceito, o que dificulta sua participação em atividades esportivas, passeios, fazendo-o mais comilão e inativo.
As necessidades calóricas durante a adolescência podem ser estimadas em kcal/cm de altura, variando com a idade, o sexo, a maturação sexual, acrescentando-se os gastos extras com as atividades diárias. O consumo máximo para o sexo feminino deve ser estimado em torno de 2.500kcal na época da primeira menstruação, o que ocorre, em média, entre 12 e 12,6 anos de idade, diminuindo após, progressivamente, para 2.200kcal. Para o menino, as necessidades de ingestão calórica aumentam com o estirão puberal até cerca de 3.400kcal em torno dos 15-16 anos, diminuindo depois para 2.800kcal até o final do crescimento.
A nutrição deve ser uma questão familiar, já que os pais são modelos e responsáveis pelo que se coloca de alimento dentro de casa. Deve-se estimular refeições nos horários corretos, sem nunca pular o café da manhã, por preguiça de acordar mais cedo. O incentivo deve ser agradável para o adolescente. Pode-se discutir as escolhas dos alimentos, as quantidades e os métodos de preparo, orientar os aspectos positivos da dieta em vez dos nutritivos somente; explicar que todos os alimentos podem ser usados com moderação; encorajar mudanças no estilo de vida de toda a família sempre evitando conflitos familiares gerados especialmente durante as horas das refeições.
E os meninos são diferentes das meninas! No sexo feminino, a aceleração do crescimento se inicia dois anos antes e também termina primeiro e elas ganham mais gordura corporal, enquanto os meninos se desenvolvem com predomínio de massa muscular. Sendo assim, principalmente durante o estirão, é necessário, no sexo masculino, maior aporte protéico e energético, bem como maior quantidade de ferro por quilograma de peso do que no feminino. No fim do crescimento, há duas vezes mais gordura e apenas dois terços de massa muscular presentes no sexo feminino em relação ao masculino. Ainda nesta época, as meninas começam a ter a terrível TPM (tensão pré-menstrual), que além de mexer com o humor, aumenta a vontade de comer, principalmente chocolate!
Os sinais da puberdade chegam mais depressa na criança gordinha. Muitas vezes, ela é a mais alta da classe, justamente porque teve puberdade antes da hora e o estirão do crescimento acaba antes, ou seja, crianças com peso adequado se desenvolvem no tempo certo e podem alcançar uma altura melhor no final do processo.
A obesidade na adolescência está associada a problemas dermatológicos (micoses, estrias, furunculose), ortopédicos, pouca agilidade e dificuldade nos esportes, comprometimento emocional como baixa autoestima, isolamento social, depressão e distúrbios de conduta. Também tem sido associada ao aparecimento precoce de Hipertensão arterial, aumento de diabetes tipo 2, alteração de colesterol, e, o mais chocante, um maior risco de doença coronariana com aumento da mortalidade. Concluindo, nossas crianças e jovens estão sofrendo de doenças antes consideradas de adultos!

Matéria publicada pelo site Minha Vida

EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM

1. Por que o sobrepeso e a obesidade vêm ganhando destaque no cenário epidemiológico mundial?
2. De acordo com o texto, que fatores tem contribuído para o aumento do excesso de peso na população?
3. A obesidade pode ter causas genéticas? Justifique sua resposta.
4. Que relação pode ser estabelecida entre a alimentação e a identidade dos adolescentes?
5. Por que a nutrição deve ser uma questão familiar?
6. Que problemas são associados a obesidade na adolescência?

VALORES DO ESPORTE

O esporte é um dos grandes aliados da educação de crianças e adolescentes. Por meio dele, valores éticos e morais, como a socialização, a cooperação, a solidariedade, a disciplina, o espírito de equipe e tantos outros, fundamentais para a formação integral de uma pessoa, podem ser trabalhados e desenvolvidos. A busca de uma melhor compreensão do esporte como marco social para as crianças e os adolescentes, aliada às ideias da Carta Olímpica aos valores e à realidade esportiva é um princípio para o desenvolvimento de uma abordagem pedagógica acerca do esporte contemporâneo.
Em 2005, uma declaração oficial de Kofi Annan, o secretário-geral das Nações Unidas à época, indicou que “pessoas de todas as nações amam esporte: seus valores – fair play (jogo “limpo” ou honesto), cooperação, busca pela excelência – são universais”. Em documento orientado à campanha Esporte para o Desenvolvimento e a Paz (2005), Annan afirmou que “o esporte é linguagem universal”. Na melhor das hipóteses, ele une as pessoas, não importa qual a sua origem, situação, crença religiosa ou status econômico. Ao participar de esportes ou ter acesso à educação física, os jovens podem ter prazer, mesmo quando aprendem os ideais do trabalho em equipe e da tolerância.  Adolf Ogi (2005), assessor especial do secretário-geral à época, reforçou a posição anterior de que “o esporte, com suas alegrias e conquistas, suas dores e derrotas, suas emoções e desafios, é um meio incomparável para a promoção da educação, saúde, desenvolvimento e paz”. Indicou, ainda, que o esporte ajuda a demonstrar, na busca pelo aperfeiçoamento da humanidade que, nesse meio, há mais questões que unem do que questões que dividem.
Afinal, pergunta-se: qual é o papel do esporte no desenvolvimento humano?  Para trabalhar essa questão, parte-se do pressuposto de que praticar uma atividade física não é apenas importante, mas é necessário para um crescimento sadio e para o desenvolvimento humano, independentemente da modalidade ou da dimensão esportiva escolhida. Especialistas de diversas áreas, especialmente da educação física, têm apontado os benefícios da atividade esportiva na infância, e também alertam para o aspecto demasiadamente competitivo, muitas vezes imputado a essa prática. No entanto, por acreditar que o esporte favorece o desenvolvimento humano, ele pode ser considerado como importante elemento da cultura, com relevância nos programas educativos, mas também como um elemento de comparação, seleção e competitividade, que conduz, em certas circunstâncias, a excessos, submetendo as crianças, durante a atividade esportiva, a assumir responsabilidades de adultos para as quais elas podem não estar preparadas.
Assim, uma criança ou adolescente participante de um campeonato realizado nos moldes de um campeonato adulto, estará competindo com outras da mesma idade cronológica, mas de diferentes idades biológicas, ou seja, a idade que realmente corresponde à fase de crescimento e aprendizagem em que se encontra.
Nota-se, assim, que o esporte pode tornar-se inadequadamente seletivo, uma vez que beneficia as crianças com crescimento acelerado ou com maior idade biológica em detrimento das demais. Esse fato vem consequentemente, ao encontro das conclusões apontadas por estudos realizados em vários países, conclusões que, invariavelmente, são as mesmas: “só uma percentagem muito reduzida de campeões em idade jovem chega a campeão na idade de altos rendimentos”(MARQUES, 1997, p. 23).
Assim, faz-se necessário referendar um dos princípios fundamentais da Carta Olímpica, que estabelece que um dos objetivos do Movimento Olímpico é educar a juventude por meio do esporte praticado sem qualquer tipo de discriminação e dentro do espírito olímpico, o que exige compreensão mútua, amizade, solidariedade e fair play.
Nesse contexto, ao compreender o esporte como um fenômeno socialmente construído, subentende-se que ele pode contribuir para a saúde, a educação, a socialização e a construção da imagem corporal dos seus participantes, assim como da imagem do país representado.
A valorização da imagem corporal trouxe ao esporte um novo conceito que o trata com proporções espetaculares a partir da segunda metade do século XX (TURINI; DaCOSTA, 2002, p. 17). Essa visão do esporte obteve um crescimento inesperado com a demanda evolutiva dos meios de comunicação de massa , que passaram a transmitir via satélite imagens que exaltavam toda a beleza performática dos atletas e, de acordo com o quantitativo de medalhas e títulos conquistados, a imagem positiva ou negativa do país que esses atletas representavam.
Para ambas as situações ou áreas anteriormente mencionadas com as quais o esporte pode contribuir, deve existir comprometimento e dedicação dos profissionais e participantes envolvidos, de modo que tenham clareza e consciência das relações estabelecidas nesse meio e dos fenômenos socioculturais implícitos no decorrer do processo da sua constituição e construção histórica.
Para tanto, parte-se da compreensão de que a competição, como meio de educação, deve ter um sentido mais amplo do que ser apenas um evento em que equipes se confrontam, em que uns ganham e outros perdem, em que uns são premiados e outros não. Tem-se clareza de que o esporte, em uma visão ampla e mais abrangente, quando orientado para o rendimento, não está no nível do esporte profissional, nem os professores que dirigem as equipes devem ser considerados treinadores, mas, acima de tudo, educadores.

O PAPEL DO ESPORTE
Em 2008, Noleto destacou o papel do esporte no processo de formação e de desenvolvimento humano, destacando a seguinte ideia: “Quando você dá uma bola a um menino, incute nele um sentido e uma direção”. Para Noleto (2008), essa simples frase, dita por um professor de educação física, resume os efeitos positivos que as atividades esportivas exercem na formação das crianças e dos jovens. Além de integrá-los – bem como as suas comunidades –, a oferta de atividades esportivas, artísticas e culturais ajuda na socialização e na reconstrução da cidadania. A atividade esportiva contribui para o desenvolvimento de competências cognitivas, afetivas, éticas, estéticas, de relação interpessoal e de inserção social. A distribuição de papéis, o convívio com as regras, a relação estabelecida entre a vitória e o fracasso e, por fim, a rivalidade e a cooperação, cultivam valores e comportamentos condizentes com as próprias bases democráticas sobre as quais se fundamentam a sociedade contemporânea.
Nesse sentido, sem perder de vista suas dimensões tradicionais, o esporte é também reconhecido, atualmente, como essencial para a cidadania, o respeito aos direitos humanos, a inclusão social e o combate à violência, sendo um fator que pode contribuir decisivamente para a formação de uma cultura de paz e de não violência, na perspectiva do objetivo mais geral das Nações Unidas e para o desenvolvimento, tendo como paradigma a sustentabilidade.
Por fim, acredita-se que a promoção de valores por meio do esporte representa uma pequena, mas eficaz forma de desenvolvimento de valores humanos, condizentes com atitudes e ações de uma sociedade mais justa e menos discriminatória. Nesse processo, os profissionais de educação física e dos esportes atuam como protagonistas.
EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM
1.    Cite alguns valores éticos e morais que podem ser trabalhados através do esporte?
2.    O que é o fair play?
3.    Quais os riscos que o esporte competitivo na infância pode trazer a seus participantes?
4.    Segundo a Carta Olímpica, quais os objetivos do Movimento Olímpico?
5.    Qual a relação entre a valorização da imagem corporal e o esporte?
6.    Qual o papel do esporte na formação humana?

domingo, 5 de abril de 2015